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Gestão governamental com resultados - Entrevista Taveira Neto

24/06/2016
Comunicação SindGESTOR

 

Com mais de 600 mil pessoas em sua carteira de usuários, o Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo) tem enfrentado, nos últimos anos, uma série de dificuldades - sejam relacionadas à demanda de assistência aos usuários, a questões administrativo-financeiras ou manutenção da qualidade da prestação de serviço. Em funcionamento desde a década de 60, o Instituto, porém, já viveu tempos mais difíceis. Desde meados de 2012 os principais desafios têm sido superados à custa de muito empenho pessoal, traquejo político e talento administrativo do atual presidente, Francisco Taveira Neto, integrante da carreira de Gestores Governamentais de Goiás.

À frente do Instituto Taveira já conseguiu resolver gargalos históricos, como atrasos no pagamento de prestadores, ameaças de descredenciamento em massa, dificuldades no atendimento de pediatria e saneamento da situação econômica. Hoje, apesar da crise que afeta todo o país, conseguiu dar início à construção do Hospital do Servidor - um plano que data desde os anos 80, mas que nunca havia saído do papel, e ao lado do governador Marconi Perillo inaugurou, nesta semana, a Unidade Ambulatorial de Especialidades do Ipasgo, que deverá resolver mais uma dificuldade enfrentada pelo Instituto. "Ali contamos com profissionais cujas áreas são deficientes no mercado privado, como endocrinologia, alergia, ginecologia e obstetrícia", explica.

Integrante da carreira desde o primeiro concurso para o cargo no Estado, Taveira é gestor de Finanças e Controle e já acumulava experiência na administração pública estadual mesmo antes de entrar, oficialmente, no serviço público. Com formação em Direito e especialização em Direito Público e Direito Administrativo Contemporâneo, atuou como assessor jurídico na Secretaria Estadual de Saúde e foi assessor do gabinete do ex-governador Henrique Santillo no Tribunal de Contas do Estado (TCE). Depois da posse como gestor, passou também pelo Controle Interno, chegando à presidência do Ipasgo por indicação do SindGESTOR ao Fórum em Defesa dos Servidores e Serviços Públicos de Goiás, que na ocasião apresentou lista quíntupla ao governador. Ao escolher um nome do Fórum, Marconi Perillo cumpria o compromisso de passar a gestão da instituição para os servidores - representados por Taveira na presidência do Ipasgo.

Confira os principais trechos da entrevista concedida à Diretoria de Comunicação do SindGESTOR, quando falou também sobre os desafios e conquistas da carreira no governo estadual:

Dificuldades superadas
Quando cheguei à presidência, o Ipasgo estava em equilíbrio financeiro; já contava com receitas suficientes para fazer face às despesas correntes. A situação econômica, entretanto, ainda não era de todo resolvida. Continuamos a política austera que foi implantada anteriormente e conseguimos, negociando sempre com o funcionalismo, reajustar as tabelas dos agregados e isso fez com que nosso superávit financeiro permitisse melhorar também a remuneração dos profissionais de saúde, dos hospitais, fazendo com que o sistema se tornasse melhor. Antes os hospitais ameaçavam suspender o atendimento, trazendo dificuldades para os nossos usuários, e passaram a ter uma outra perspectiva, confiaram mais na gestão, e o nosso usuário passou a ter um atendimento melhor. Fomos reconquistando a confiança do mercado à medida em que antecipamos os pagamentos, cumprindo-os em um período menor do que a previsão contratual - que é de 60 dias. Pagamos hoje em 45 dias e houve períodos em que chegamos a pagar com 40, 35 dias. A partir daí conquistamos o equilíbrio econômico e nossa preocupação passou a ser a excelência no serviço - melhorar os gargalos, os atendimentos naquelas reclamações mais recorrentes na nossa Ouvidoria.

Pediatria
O grande desafio que enfrentamos, em 2013, foi encontrar uma solução para a pediatria, uma especialidade que gera uma crise nacional. Naquele ano, apenas um hospital pediátrico prestava serviço para o Ipasgo, o Igope, que nos foi parceiro por muito tempo, mas que dado o tamanho do Ipasgo, a quantidade de usuários em Goiânia e região metropolitana, optou por parar o atendimento. Isso gerou um verdadeiro caos na época, até que conseguimos, em uma negociação com a Sociedade Goiana de Pediatria, elaborar uma forma de remuneração que valoriza o profissional, na busca de atraí-lo. Resolvemos pagar, além da consulta, o plantão médico, e isso gerou um grande interesse dos profissionais.

Tivemos também um grande parceiro - a Nova Clínica - que se dispôs a montar o Pronto Atendimento Pediátrico, que funciona hoje no Setor Oeste, próximo ao Hospital Geral de Goiânia (HGG). É exclusivo do Ipasgo, com atendimento 24 horas por dia, e com capacidade resolutiva para 98% dos casos. Os casos mais complexos, que demandam uma intervenção cirúrgica ou um tratamento em UTI, são regulados para o Hospital Infantil de Campinas e o Hospital da Criança. Essas unidades voltaram a atender o Ipasgo justamente porque nós conseguimos amortecer o atendimento de pronto-socorro. Consideramos que conseguimos resolver a pediatria, pelo menos em Goiânia e região metropolitana. Há ainda no interior alguns casos, mas regionalmente conseguimos solucionar.

Ambulatório Médico do Ipasgo
Estamos inaugurando, neste mês, a Unidade Ambulatorial de Especialidades do Ipasgo, localizada no Setor Universitário, que tem uma vocação geral, mas ambulatorial. Não tem internação nem cirurgia, mas ali pretendemos contar com profissionais cujas áreas são deficientes no mercado privado, como endocrinologia, alergia, ginecologia e obstetrícia. Lá funcionará, também, em regime exclusivo para usuários do Ipasgo, com a remuneração do profissional por plantões e consultas, porém em horário comercial, em regime de marcação de consulta e não pronto-socorro. Iniciamos o atendimento ainda neste mês de junho. Com ele, resolveremos outro problema, já que a principal queixa que recebemos hoje na Ouvidoria do Ipasgo é justamente sobre a marcação de consultas para essas especialidades que apresentam deficiência no setor privado.

Hospital do Servidor
O Hospital foi pensado na década de 80 e chegou a haver, na época, a arrecadação de valores dos próprios servidores, que tiveram majorados os percentuais de desconto em sua remuneração. Mas de verdade mesmo esse hospital nunca saiu do papel, naquela época. Entre 2014 e 2015 nos reunimos com o Fórum (de Defesa dos Servidores) e houve então um aceno favorável do funcionalismo para retomarmos o projeto. Ele vem sendo edificado com verba própria, oriunda das contribuições dos servidores e agregados, e já está com mais de 52% das obras edificadas. Já aplicamos 35 milhões de reais na construção do hospital, de um total de R$ 67 milhões, que é a previsão de custo da parte física.

O hospital vai ter 211 leitos, divididos entre enfermaria, apartamento e UTI. Contará com centro cirúrgico apto a realizar procedimentos dos mais simples aos mais complexos. Terá uma ala de diagnósticos por imagem com equipamentos de alta tecnologia, como o pet-scan, tão utilizado no diagnóstico da metástase do câncer. Haverá também uma ala para o tratamento oncológico, que ocupa hoje uma importância significativa em nossos gastos, com tratamento cirúrgico e quimioterápico. É um hospital geral, que não deve ser considerado hospital de urgência. É claro que ele terá pronto-socorro, mas a ênfase é em ambulatório. Ele vem justamente para intervir no mercado, nas dificuldades que nós temos de conseguir as consultas nas principais áreas, e é planejado para atender a usuários do Ipasgo em geral. Não há previsão de atendimento para outros planos de saúde ou qualquer outro público.

Relação com os prestadores
Estamos em um momento delicado de negociação com a rede prestadora. Eles têm queixado muito que alguns itens da nossa tabela de honorários estão achatados, pedem o reajuste e nós estamos aqui achando o ponto de equilíbrio para saber, do que houve de incremento de receitas do reajuste dos agregados, qual a parcela dele que a gente vai poder destinar a esse reajuste - e de fato vamos fazer isso.

Fase atual
É uma fase difícil porque, apesar de termos conseguido esse reajuste com os agregados agora, é um ano de dificuldade muito grande, assim como foi o ano de 2015, pela recessão nacional. A despesa aumentou porque o sistema tornou-se mais confiável para o usuário e prestador. Temos fechado os meses bem na linha de equilíbrio entre receita e despesa e estamos nos valendo de economias na construção do hospital. Do ponto de vista financeiro nós já vivemos dias mais tranquilos. Mas, por outro lado, temos a alegria de ter entrado na crise com a casa em ordem. Fico imaginando se o Ipasgo tivesse entrado na crise com déficit, com atraso em pagamento... Seria realmente uma situação caótica. Hoje o fato de pagarmos as contas em dia já é reconhecido pelos prestadores como um feito, num momento de crise como esse. E as perspectivas são de melhora, sim.

Gestores no governo
Boa parte do segundo escalão está permeada de gestores em posições importantes, como chefe do Tesouro, chefes de Orçamento, superintendentes de pastas importantes, como Saúde, Educação, Segurança Pública, e isso mostra que não somos desconhecidos. Acho que não está faltando muita coisa pra gente ter a nossa posição de protagonistas reconhecida. Nós ocupamos essas posições, de fato. O que acho que ainda pode melhorar é exatamente a valorização da carreira, que passou por um ajuste importante, significativo, graças ao trabalho da gestão anterior do Sindicato, mas que por razões da própria conjuntura econômica do país, teve essas conquistas adiadas. Essa última lei que alterou nosso Plano de Cargos é um sinal também de reconhecimento do próprio chefe do Executivo e demais secretários de Estado que deliberam a esse respeito, sobre a importância da categoria. Não há um projeto importante do Estado que não tenha na equipe pensante um representante da nossa categoria.

Desafios da categoria
Acho que a atual diretoria do SindGESTOR está atuando de maneira firme - em um cenário complicado, mas com muita habilidade e competência tem feito um novo delineamento da carreira. Não acho que a gente está desprestigiado e também não acho que estamos acomodados. Claro que desejamos evoluir, mas estamos dentro do compasso possível e em um caminho bom. A questão de tentar fazer com que os gestores trabalhem sempre que possível na pertinência do cargo, com suas atribuições, é importante e fortalece a carreira, porque mostra que é uma carreira de Estado e não de governo. E é lógico que é uma carreira de Estado que faz o governo tornar as suas escolhas fatos reais. Somos responsáveis por pegar o plano de um governo vencedor nas urnas e torná-lo factível. Esse é o nosso papel.

Data : 24/06/2016



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