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Helicóptero caiu 15 minutos depois de levantar voo em fazenda

O helicóptero da Polícia Civil de Goiás que levara ontem a Doverlândia, no interior do Estado, uma equipe de delegados e peritos para mais uma etapa da reconstituição da chacina ocorrida no dia 28 de abril na Fazenda Nossa Senhora Aparecida, caiu cerca de 15 minutos após levantar voo da propriedade rural – palco de sete assassinatos – por volta das 15h50, numa área rural distante cerca de 30 quilômetros de Piranhas. Oito pessoas embarcaram no helicóptero e não houve sobreviventes entre os tripulantes: cinco delegados, dois peritos da Polícia Civil e o acusado da chacina de Doverlândia, Aparecido Souza Alves, de 22 anos. Na aeronave que traria o preso de volta a Goiânia estavam os delegados Antônio Gonçalves Pereira dos Santos, de 64 anos, superintendente de Polícia Judiciária em Goiás; Jorge Moreira da Silva, de 53, titular da Delegacia Estadual de Repressão a Roubos de Cargas; Osvalmir Carrasco Melati Júnior, de 38, chefe do Grupo Aeropolicial – que pilotava o helicóptero –, Bruno Rosa Carneiro, de 32, chefe-adjunto do Grupo Aeropolicial, e Vinicius Batista da Silva, de 33, titular da Delegacia de Iporá; os peritos criminais Fabiano de Paula Silva, de 37, também lotado em Iporá, e Marcel de Paula Oliveira, de 31, de Quirinópolis. Segundo o plano de voo da equipe da Polícia Civil responsável pela investigação da maior chacina de que já se teve notícia em Goiás, a aeronave que os traria de volta à capital seria abastecida no município de Piranhas. O tempo de voo até uma unidade da Polícia Militar montada especialmente para dar suporte à investigação – para lá foram encaminhados caminhões com combustível para abastecer o helicóptero da Polícia Civil – seria de 20 minutos. Segundo informações oficiais da Secretaria de Segurança Pública e Justiça de Goiás (SSP), após voar por cerca de 15 minutos, a aeronave caiu, já em Piranhas, numa propriedade chamada Fazenda do Boi, numa região conhecida como Bucaina ou Indaiá. Algumas informações que circularam mais cedo davam conta de que a equipe teria ido até Caiapônia onde a aeronave teria sido abastecida, o que não se confirmou. Uma equipe da Polícia Civil de Piranhas teria sido a primeira a chegar ao ponto onde houve o acidente. Eles teriam conversado com fazendeiros da região, que teriam relatado ter visto a aeronave girar em seu próprio eixo, sem controle. Em seguida, teria ocorrido uma explosão, provavelmente com o helicóptero já no chão. No início da noite, a primeira equipe do Corpo de Bombeiros a chegar ao local do acidente levando homens de Iporá relataram ter encontrado entre os escombros da aeronave dois corpos. Um deles estaria carbonizado entre as ferragens do helicóptero. O outro estaria próximo à aeronave. Eles seriam trazidos a Goiânia ainda na madrugada. Uma equipe do Instituto Médico-Legal de Iporá se deslocou ontem à noite para a região. O local, segundo apurou O POPULAR, oferece muitas dificuldades para acesso. O tenente Rafael Alessandro Gonçalves Gomes, da base do Corpo de Bombeiros de Iporá, estimava que o trabalho se estenderia por toda a noite. A hipótese mais provável é de que a queda da aeronave tenha sido provocada por falha mecânica, uma pane do motor de calda do helicóptero. Esta aeronave passou por manutenção na última segunda-feira. As causas do acidente, porém, só serão conhecidas após minuciosa perícia. Estão a cargo desta investigação o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa), em Brasília (DF), e os delegados Alexandre Pinto Lourenço, adjunto da Delegacia Estadual de Homicídios, e Kleyton Manoel Dias, da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores. Veja os perfis das vítimas de acidente aéreo A Secretaria de Segurança Pública e Justiça divulgou os perfis dos tripulantes que estavam no helicóptero Koala, que caiu na Fazenda do Boi, nas proximidades de Piranhas. O helicóptero saía de Doverlândia, onde os delegados e peritos faziam a reconstituição da chacina em que sete pessoas foram degoladas. A investigação do acidente está a cargo do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos e é acompanhada pelos delegados Alexandre Pinto Lourenço, adjunto da Delegacia Estadual de Homicídios e Kleyton Manoel Dias, adjunto da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores. -- Vítimas do acidente: 1.Antônio Gonçalves Pereira dos Santos Delegado de Polícia Civil desde 1982 - Superintendente de Polícia Judiciária Policial Civil desde 1969, quando foi admitido para o cargo de Investigador. Idade: 64 anos Naturalidade: Pedro II - Piauí Estado Civil: Casado, pai de três filhos 2.Bruno Rosa Carneiro Delegado de Polícia Civil desde 2004 - Chefe-adjunto do Grupo Aeropolicial Idade: 32 anos Naturalidade: Goiânia - GO Estado Civil: Solteiro 3. Fabiano de Paula Silva Perito Criminal desde 2000 - Odontólogo – Lotado em Iporá Idade: 37 anos Estado Civil: Separado, pai de quatro filhos 4. Jorge Moreira da Silva Delegado de Polícia Civil desde 1982 – Titular da Delegacia Estadual de Repressão a Roubos de Cargas Idade: 53 anos Naturalidade: Porto Nacional - Tocantins Estado Civil: Divorciado, pais de dois filhos 5. Marcel de Paula Oliveira Perito Criminal desde 2010 – Farmacêutico Bioquímico – Lotado em Quirinópolis Idade: 31 anos Estado Civil: Solteiro 6. Osvalmir Carrasco Melati Júnior Delegado de Polícia Civil desde 2000 – Chefe do Grupo Aeropolicial Idade: 38 anos Estado Civil: Casado, pai de três filhos 7.Vinícius Batista da Silva Delegado de Polícia Civil desde 2010 – Titular da Delegacia de Iporá Idade: 33 anos Naturalidade: Goiânia - Goiás Estado Civil: Casado, pai de um filho 8. Aparecido de Souza Alves Suspeito da morte de sete pessoas na cidade de Doverlândia Idade: 22 anos -- Dor, espanto e choro nas delegacias Aguardava a chegada do delegado Antônio Gonçalves no Complexo de Delegacias Especializadas da Cidade Jardim, onde o helicóptero da Polícia Civil vindo de Doverlândia iria pousar, quando Ana Paula, agente da Polícia Civil, me perguntou se eu confirmava que o helicóptero havia caído. Era 17h10 de ontem. Aos poucos, agentes, escrivãos, eu e outros repórteres tentávamos ligar nos celulares dos delegados Antônio Gonçalves e Jorge Moreira. Ninguém atendia. Um agente ligou para a Diretoria Geral da Polícia Civil e ficou sabendo que a delegada-geral Adriana Accorsi era atendida pelo Corpo de Bombeiros. Passou mal ao saber da queda do helicóptero. “A aeronave explodiu e não há sobreviventes”, anunciou o agente. Choro e espanto tomaram conta das delegacias especializadas. Foi assim que policiais que trabalhavam com os delegados e com os peritos mortos receberam a notícia que logo se espalhou em toda a instituição. Delegados mais experientes acreditam que Aparecido Alves Souza tenha tentado uma fuga e provocado a queda da aeronave. “Alguém pode ter atirado para conter o preso e o helicóptero explodiu”, diziam alguns. Mais tarde, já na Secretaria de Segurança Pública e Justiça, centenas de delegados e policiais civis, que hoje comemorariam o Dia do Policial Civil, buscavam informações sobre a trágica morte de tantos colegas. Em pronunciamento oficial, o secretário João Furtado Neto limitou-se a confirmar o acidente aéreo e a lamentar pelo fato, mas não podia ainda confirmar o número e o nome dos mortos no acidente. Foi através de uma nota à imprensa, mais tarde, que sua assessoria confirmou os nomes de todos os ocupantes do helicóptero. Ontem, o Corpo de Bombeiros levou peritos ao local do acidente e hoje, o secretário segue para o local. -- Helicóptero entrou em operação somente no fim do ano passado O helicóptero da Polícia Civil prefixo PP-CGO, que caiu no final da tarde de ontem na Fazenda do Boi, próximo à cidade de Piranhas, tinha capacidade para oito pessoas e foi adquirido no fim de 2010 no governo de Alcides Rodrigues, mas entrou em operação no fim do ano passado. Na época, três aeronaves Koala AW 119K foram adquiridas por US$ 13 milhões (quase R$ 22 milhões) com recursos do Estado e da União, para servir à Secretaria de Segurança Pública. Uma das aeronaves foi destinada à Polícia Militar e a terceira para o Corpo de Bombeiros. O contrato foi firmado com a Oceanair, representante da anglo-italiana Agusta Westland. Os helicópteros saíram da Filadélfia, na Pensilvânia, nos Estados Unidos, direto para Goiânia. De acordo com o assessor da Polícia Civil, Norton Luiz Ferreira, o helicóptero teria passado por uma revisão na segunda-feira e possuía 300 horas de voo. Ainda segundo Norton, a aeronave tinha sistema de segurança que armazenaria conversas dos pilotos, como uma caixa-preta de avião. Piloto de helicóptero ouvido pela reportagem relata que aeronaves novas possuem um sistema de memória que guarda mudanças do motor, como temperatura e rotação, mas sem uma proteção que o salvaria de pancadas ou explosões, o que poderia ser destruído. Sobre a possibilidade do acusado ter se rebelado dentro do helicóptero e ter avançado nos pilotos, ele disse que seria quase impossível, já que a aeronave tem uma coluna que separa os pilotos do restante da aeronave. “E com tantos delegados do lado e provavelmente algemado, seria difícil o suspeito ter reagido, tentado atravessar a coluna e provocar o acidente”, disse. O major da Grupo de Radiopatrulha Aérea (Graer), Ricardo Mendes, não acredita em erro dos pilotos Bruno Rosa Carneiro e Osvalmir Carrasco Melati Júnior. “Eles são excelentes e não acredito que tenham errado”, relata. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa), em Brasília, vai investigar o acidente. RESGATE Em entrevista coletiva, o secretário de Segurança Pública de Goiás, João Furtado, confirmou o envio de equipes de resgate ao local do acidente. De acordo com ele, equipes das Polícias Militar e Civil, Grupo Tático (GT-3) e um helicóptero do Corpo de Bombeiros com peritos foram enviados logo após a confirmação da tragédia. “Enviamos as equipes para isolar o local, buscar e identificar as vítimas”, relatou. O major Ricardo Mendes disse que um caminhão de abastecimento do Graer foi para Piranhas para dar suporte para aeronaves que farão o resgate. -- “Deus nos tirou daquela aeronave na noite de ontem” O policial civil José Gomes, marido e assessor da delegada-geral da Polícia Civil, Adriana Accorsi, contou ao POPULAR como ele e a mulher escaparam do acidente com o helicóptero da Polícia Civil. Emocionado e muito abatido com a morte trágica de tantos colegas, ele aceitou falar ao POPULAR. Como está a delegada Adriana Accorsi? Ela está arrasada, chocada, sem palavras. Até agora (era por volta de 19h30), parece que ela não está acreditando no que aconteceu. Aliás, não só ela, mas todos nós, da Polícia Civil. Você falou com o delegado Antônio Gonçalves pouco antes da decolagem do helicóptero. O que ele disse? Ele me ligou às 15h21, quando o helicóptero estava sendo abastecido. Ele disse que estava saindo de lá e pediu para avisar à Adriana que tudo tinha dado certo. Vocês eram muito amigos, não? Sim, éramos muito amigos. Em quase 21 anos que estou na Polícia Civil, o doutor Antônio foi um dos grandes amigos que fiz. Ele era queridíssimo por todos instituição. Estava feliz e empolgado, parecendo menino com essa nova função (superintendente de Polícia Judiciária). Ele estava empolgado, assim como a Adriana, faziam planos para a Polícia Civil. O senhor e a delegada iriam para Doverlândia. Por que desistiram? Nós iríamos, mas ontem (segunda-feira) à noite, ela decidiu que não iria, para participar da reunião com o pessoal do Sindepol para definir a greve. Foi decidido de última hora. O doutor Antônio ainda ficou brincando com a Adriana, dizendo que ficaria muito ruim a reconstituição se ela não fosse. Ela entrou nesse caso (chacina de Doverlândia) de cabeça desde o início. Foi um crime muito grave e ela ofereceu todo o apoio para sua elucidação. Era importante a participação dela nesse sentido. Deus nos tirou, a ela e a mim, daquela aeronave ontem à noite. Infelizmente, outros colegas foram em nosso lugar e aconteceu essa tragédia.

Data : 09/05/2012

Fonte : Jornal O Popular -




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