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PF flagrou Demóstenes e Cachoeira em 416 ligações

O depoimento dos delegados Raul Alexandre Marques e Matheus Mella Rodrigues, ambos da Polícia Federal, reforçou ontem a relação próxima entre o senador Demóstenes Torres (sem partido) e o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Durante o depoimento, os delegados confirmaram a existência de 416 ligações entre Cachoeira e Demóstenes em 386 dias e a citação do nome do senador por integrantes do esquema em outras 293 interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal. Em uma das ligações relatadas, o tesoureiro da organização criminosa, Gleyb Ferreira da Cruz, diz estar na porta da residência de Demóstenes esperando para entregar R$ 20 mil ao parlamentar. Em outro diálogo, Cachoeira fala sobre a entrega de R$ 1 milhão ao professor, que seria Demóstenes. “Eles reafirmaram o que disseram na CPI de que a relação entre o senador Demóstenes e Cachoeira era mais do que pessoal”, disse o senador Humberto Costa (PT-PE), relator do processo de cassação de Demóstenes no Conselho de Ética. Os senadores que participaram da sessão do Conselho saíram convencidos de que Demóstenes era próximo e participava do esquema ilegal mantido por Cachoeira. “Ficou clara a ligação de Demóstenes com Cachoeira”, afirmou Ciro Nogueira (PP-PI). Também estão convencidos de que Demóstenes usou seu mandato de senador para tentar beneficiar negócios de Cachoeira. Reportagens recentes do POPULAR mostraram que Demóstenes recebia presentes, mimos e favores em troca de serviços prestados a Cachoeira e seu grupo. O senador, ex-DEM, teria recebido vinhos de R$ 30 mil e eletrodomésticos importados – inclusive os presentes de casamento dados por Cachoeira a Demóstenes que desencadearam todo o escândalo –, além de viagens em jatinhos particulares e ajuda para liberar móveis na alfândega. As investigações ainda levam a crer que o senador goiano teria recebido dinheiro proveniente dos negócios ilegais do grupo. Áudios da PF e relatórios do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, apontam o recebimento de pelo menos R$ 3 milhões. Dados revelados pelo jornal O Estado de S.Paulo apontaram no início do mês que Demóstenes quadruplicou seu patrimônio declarado à Justiça Eleitoral apenas quatro meses após as eleições de 2010. O senador comprou um apartamento de luxo no Setor Oeste por R$ 1,2 milhão de seu suplente, o secretário de Infraestrutura do Estado, Wilder Morais. Em 2010, quando se reelegeu senador, Demóstenes declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 374 mil, sem nenhum imóvel. DEFESA O advogado de defesa de Demóstenes, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, vai tentar anular as provas produzidas pelas operações Vegas e Monte Carlo, da PF, contra o senador. Ele alega que a polícia não poderia ter investigado Demóstenes sem autorização do Supremo Tribunal Federal. “Vou mostrar aos senadores que um senador da República foi investigado durante meses de forma ilegal”, disse Kakay. Segundo ele, os depoimentos dos delegados responsáveis pelas operações Vegas e Monte Carlo na CPI do Cachoeira, no último dia 8, comprovam que houve uma manobra para investigar o senador de forma camuflada. “Os depoimentos dos delegados deixaram claro que desde 2009 havia uma investigação ferrenha, fechada, contra o senador Demóstenes. O que eu tenho dito na minha reclamação no Supremo foi comprovado aqui. Está comprovada uma burla clara, eu diria quase criminosa à Constituição da República”. Comissão decide reconvocar empresário Brasília – A CPMI que apura as relações do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com o poder político e empresarial aprovou ontem a reconvocação do contraventor para que preste depoimento na comissão na próxima terça-feira. Os parlamentares também decidiram que, para cumprir decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que ontem concedeu habeas-corpus impedindo o bicheiro de comparecer, autorizará os advogados do acusado a terem acesso aos documentos que chegaram à CPMI e que estão trancados em um cofre no Senado. Eles terão, porém, de seguir as mesmas normas impostas aos senadores e deputados – não podem tirar cópia do material, terão um tempo limitado e serão vigiados. Após a CPI ter autorizado a defesa de Cachoeira a acessar as investigações, o ministro Celso de Mello informou que, diante da decisão, a comissão poderá mesmo reconvocar Cachoeira. “É importante que o presidente da CPMI comunique a decisão formalmente ao STF para a superação do obstáculo até então existente e que impedia o pleno acesso do paciente aos documentos, provas e elementos de informação que se acham em poder do órgão de investigação parlamentar. Se eventualmente esse acesso se confirmar, haverá perda de objeto. A única postulação que foi formulada pelos impetrantes em favor do Cachoeira consistia em acesso a essas peças documentais”, disse Mello. Hoje, os parlamentares se mostraram indignados com a decisão do ministro. Para eles, a Constituição Federal garante o direito de o acusado permanecer em silêncio, mas, por outro lado, também deixa claro que a CPMI tem poder de convocar qualquer pessoa, mesmo que não queira falar. O senador Pedro Taques (PDT-MT) observou que em 2 de abril o ministro Ricardo Lewandowski, relator do processo contra Cachoeira no STF, havia negado à defesa do empresário o direito de ter acesso aos autos e que o próprio presidente da CPMI agiu da mesma maneira, em 10 de maio, porque o Supremo havia determinado o sigilo dos documentos. “ Temos de indagar ao STF qual decisão deveremos cumprir. Há diversas decisões do Supremo dizendo que o cidadão tem o direito de permanecer em silêncio, mas ele tem obrigação de vir aqui — complementou Taques.

Data : 16/05/2012

Fonte : O Popular -




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